Planejamento financeiro para viagens internacionais em tempos de câmbio instável – Jornal Contábil

Você está planejando aquela viagem internacional dos sonhos? 

A empolgação de conhecer novos lugares e culturas é maravilhosa, mas a instabilidade do câmbio pode transformar o planejamento financeiro em um desafio. 

As flutuações nas taxas de conversão podem impactar significativamente o custo total da sua viagem, desde as passagens aéreas e hospedagem até os gastos com alimentação e passeios. 

Para que você possa aproveitar ao máximo sua experiência sem se preocupar com imprevistos financeiros, é fundamental adotar estratégias inteligentes e se preparar para as oscilações cambiais. 

Neste artigo, você encontrará um guia prático com dicas e ferramentas para planejar suas finanças de forma eficaz e viajar com tranquilidade, mesmo em tempos de câmbio instável. 

Continue lendo e saiba como embarcar na sua aventura internacional com o bolso protegido!

Entenda o cenário cambial e o impacto na sua viagem 

A instabilidade do câmbio é uma realidade no mercado financeiro global, influenciada por diversos fatores econômicos e políticos. 

Notícias sobre a economia mundial, decisões de bancos centrais e eventos geopolíticos podem causar variações significativas nas taxas de conversão entre moedas. 

Para você, que planeja uma viagem internacional, essas flutuações podem representar um aumento inesperado nos custos da sua viagem. 

Você pode utilizar diversas ferramentas para monitorar as taxas de câmbio, como sites especializados e aplicativos de bancos e corretoras. 

Ficar de olho nas notícias internacionais que podem influenciar as moedas que você vai utilizar na sua viagem ajudará a identificar possíveis momentos mais favoráveis para comprar a moeda estrangeira. 

No entanto, prever com exatidão as flutuações cambiais é praticamente impossível, por isso, a estratégia mais eficaz é se preparar para diferentes cenários e adotar medidas para mitigar os riscos.

Diante da instabilidade cambial, a melhor abordagem é diversificar suas estratégias de compra de moeda estrangeira e evitar concentrar todas as suas operações em um único momento. 

Uma técnica eficaz é comprar a moeda desejada de forma gradual, ao longo de alguns meses que antecedem a viagem. 

Dessa forma, você pode aproveitar eventuais quedas na taxa de câmbio e diluir o risco de comprar tudo em um momento desfavorável.

Outra dica importante é pesquisar e comparar as taxas de câmbio oferecidas por diferentes instituições financeiras e casas de câmbio. 

As taxas podem variar significativamente entre elas, e uma pequena diferença pode representar uma economia considerável no valor total da sua compra de moeda estrangeira. 

Considere também a possibilidade de utilizar contas internacionais ou cartões pré-pagos em moeda estrangeira.

E que podem oferecer taxas mais competitivas e maior controle sobre seus gastos durante a viagem.

Se você possui investimentos em criptomoedas, pode considerar a possibilidade de utilizar uma corretora de criptomoedas que ofereça serviços de conversão para moedas fiduciárias. 

No entanto, é fundamental estar ciente da volatilidade desse mercado e das taxas envolvidas na conversão e utilização dos recursos no exterior. 

Essa pode ser uma opção para complementar seus recursos, mas exige cautela e conhecimento do mercado de criptoativos.

Planejamento detalhado dos seus gastos internacionais

Um planejamento financeiro detalhado é essencial para evitar surpresas durante a sua viagem internacional. 

Antes de embarcar, faça uma estimativa dos seus gastos com passagens, hospedagem, alimentação, transporte, passeios, compras e eventuais imprevistos. 

Pesquise os preços médios dos itens no seu destino e defina um orçamento diário para cada categoria de gasto.

Considere a possibilidade de levar uma quantia em dinheiro em espécie para pequenas despesas e utilizar cartões de crédito ou débito internacionais para gastos maiores. 

No entanto, fique atento às taxas de câmbio e às tarifas cobradas pelas instituições financeiras em cada tipo de transação. 

Cartões pré-pagos em moeda estrangeira podem ser uma boa opção para controlar seus gastos e evitar taxas inesperadas.

Permitindo que você tenha uma visão clara da sua situação financeira antes e durante a viagem.

Lembre-se de incluir uma reserva para imprevistos no seu planejamento financeiro. 

A instabilidade do câmbio pode gerar custos adicionais inesperados e ter uma margem de segurança te dará mais tranquilidade.

Principalmente para lidar com essas situações sem comprometer o restante da sua viagem.

Ferramentas e recursos para um planejamento eficaz

Existem diversos aplicativos e plataformas online que podem auxiliar você no planejamento financeiro específico para a sua viagem internacional. 

Essas ferramentas permitem que você defina um orçamento, acompanhe seus gastos em tempo real, converta moedas e receba alertas sobre as taxas de câmbio.

Utilizar um bom otimizador de IR antes da viagem ajudará a organizar suas finanças e a ter uma visão clara dos recursos disponíveis. 

Durante a viagem, aplicativos de controle de gastos e conversores de moeda serão seus aliados para manter o orçamento sob controle. 

Ficar atento às notícias internacionais sobre economia e câmbio manterá informado sobre possíveis flutuações que podem impactar suas finanças.

Viajar para o exterior em tempos de câmbio instável exige um planejamento financeiro cuidadoso e a adoção de estratégias inteligentes. 

Ao diversificar suas compras de moeda estrangeira, pesquisar as melhores taxas, planejar seus gastos detalhadamente e utilizar as ferramentas adequadas, você pode mitigar os riscos e aproveitar sua viagem ao máximo, sem se preocupar com surpresas desagradáveis no seu orçamento. 

Lembre-se que a chave para uma viagem internacional tranquila é a preparação e o controle financeiro.

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Bolsa Família de maio inicia os pagamentos HOJE (19)!! – Jornal Contábil

A Caixa Econômica Federal começa a pagar a parcela de maio do Bolsa Família. Recebem nesta segunda-feira (19) os beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 1. Ao todo, cerca de 20,4 milhões de famílias receberão o benefício neste mês.

O valor mínimo corresponde a R$ 600. Além do benefício mínimo, há o pagamento de três adicionais. O Benefício Variável Familiar Nutriz paga seis parcelas de R$ 50 a mães de bebês de até seis meses de idade, para garantir a alimentação da criança. 

O Bolsa Família também paga um acréscimo de R$ 50 a famílias com gestantes e filhos de 7 a 18 anos e outro, de R$ 150, a famílias com crianças de até 6 anos.

Como funciona a consulta?

A consulta é bem simples e pode ser feita pelo celular mesmo. Os beneficiários poderão verificar se têm direito à nova parcela do benefício através dos aplicativos oficiais, como o Bolsa Família e o Caixa Tem. Para isso, será necessário informar o CPF.

  Além disso, a Central 121 do MDS também estará disponível para esclarecimentos, assim como o CadÚnico, que pode ser acessado pelo telefone 0800 707 2003. 

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Calendário de pagamentos de maio Bolsa Família

Os pagamentos da parcela de maio ocorrem, conforme o final do seu NIS (Número de Identificação Social). Confira abaixo a tabela para saber exatamente quando o seu benefício estará disponível:

Veja abaixo o calendário completo:

  • NIS final 1: 19 de maio
  • NIS final 2: 20 de maio
  • NIS final 3: 21 de maio
  • NIS final 4: 22 de maio
  • NIS final 5: 23 de maio
  • NIS final 6: 26 de maio
  • NIS final 7: 27 de maio
  • NIS final 8: 28 de maio
  • NIS final 9: 29 de maio
  • NIS final 0: 30 de maio

Vale lembrar que em casos de emergência, moradores de municípios afetados podem receber o pagamento antecipadamente, desde que haja aprovação do governo.

Valores do benefício

Mesmo com um orçamento reduzido, o governo decidiu manter os valores do Bolsa Família para 2025. Veja como são divididos:

  • R$ 600 de parcela base
  • R$ 150 por criança de até 6 anos
  • R$ 50 por dependente entre 7 e 18 anos, gestantes e bebês em fase de amamentação

Em abril, o valor médio recebido pelas famílias foi de R$ 668,73, beneficiando mais de 20 milhões de lares em todo o país. Um investimento que ultrapassou R$ 13,7 bilhões.

Dúvidas e contatos

Se você ficar com dúvidas, dá para entrar em contato com o Ministério da Cidadania pelo telefone 121, disponível de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h.

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Posso usar o FGTS para consórcio de imóvel ou compra de carro? – Jornal Contábil

Utilizar o FGTS para compra de imóvel é um dos recursos mais comuns quando se decide dar esse passo rumo à casa própria. No entanto, por ser um processo cheio de detalhes, é comum surgirem perguntas ao longo do caminho.

Portanto, sim, é possível utilizar o fundo de garantia para o consórcio!!

Sua utilização pode ser tanto para oferta de lance quanto para a complementação do valor da carta de crédito, se a finalidade é adquirir um imóvel residencial pronto ou em construção. O consorciado também poderá utilizar o FGTS para amortização do saldo devedor, abatimento das prestações ou até liquidação do mesmo.

Porém, existem regras para usufruir dessa vantagem. Veja:

  • O trabalhador/consorciado deverá contar com três anos de trabalho sob o regime do FGTS; 
  • A cota de consórcio utilizada para aquisição do imóvel deverá estar em nome do trabalhador, titular da conta vinculada a ser utilizada; 
  • Na data de aquisição do imóvel, o titular da conta não poderá possuir financiamento ativo do Sistema Financeiro da Habitação (SFH); 
  • Na data de aquisição do imóvel, o consorciado não poderá ser proprietário, usufrutuário ou cessionário de outro imóvel no município de residência ou no local onde exerce a sua profissão, inclusive nos municípios adjacentes ou integrantes da mesma região metropolitana.

Para a aquisição do imóvel também existem pré-requisitos que devem seguir regras na utilização do FGTS. Este imóvel adquirido por meio de consórcio deverá ser residencial urbano e o seu valor máximo não pode exceder ao limite estabelecido para as operações do SFH, na data da aquisição. 

   Contar com o fundo de garantia para ajudar na aquisição da casa própria e por meio de consórcio é possível. 

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Posso usar o FGTS para compra de carro ou moto?

O FGTS é um valor que se acumula de acordo com o tempo em que o trabalhador tem emprego de carteira assinada. Dessa forma, quanto mais tempo de trabalho, maior o valor disponível no FGTS.

O depósito ocorre mês a mês por parte dos empregadores. O valor corresponde a 8% do salário do trabalhador. Por isso, mesmo que seja um dinheiro reunido durante anos, ele não fica disponível sempre que o trabalhador quiser sacar.

O FGTS não pode ser usado para comprar carro ou moto. As regras não consideram esse tipo de compra. Mas caso você veja algum anúncio de uso do FGTS para comprar carro ou moto, certamente se trata do FGTS referente ao saque-aniversário.

Contudo, o saque-aniversário diz respeito a uma parte muito pequena do FGTS. Por isso, não se trata de propaganda enganosa, porém também não diz respeito ao valor que está no fundo de garantia. Por isso, não se confunda.

Leia também: Em caso de morte do trabalhador, o que acontece com o saldo do FGTS?

Em quais condições o cidadão pode sacar o FGTS?

A Caixa Econômica Federal é responsável por regularizar o FGTS, determinando em quais situações o acesso ao saldo é liberado. Veja quai são:

  • demissão pelo empregador sem justa causa;
  • término do contrato por prazo determinado;
  • rescisão por falência, falecimento do empregador ou nulidade do contrato;
  • rescisão do contrato por culpa recíproca ou força maior;
  • aposentadoria;
  • necessidade pessoal decorrente de desastre natural, com situação de emergência reconhecida pelo Governo Federal;
  • suspensão do Trabalho Avulso;
  • idade igual ou superior a 70 anos;
  • pessoa portadora de HIV (trabalhador ou dependente);
  • neoplasia maligna (trabalhador ou dependente);
  • estágio terminal por doença grave (trabalhador ou dependente);
  • falecimento do trabalhador;
  • permanência da conta vinculada por três anos ininterruptos sem crédito depositado;
  • aquisição de casa própria, liquidação ou amortização de saldo devedor ou pagamento de parte das prestações de financiamento habitacional.

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O que fazer para manter o BPC ativo e não perdê-lo sem aviso – Jornal Contábil

Um simples erro no Cadastro Único pode ser o motivo do bloqueio do BPC em 2025. Muitos beneficiários não sabem, mas o não cumprimento das novas exigências pode levar à suspensão dos pagamentos sem aviso prévio. 

Por isso, manter os dados atualizados deixou de ser apenas uma recomendação e passou a ser uma condição obrigatória para continuar recebendo o benefício.

O Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago mensalmente a idosos com 65 anos ou mais e pessoas com deficiência de longa duração, exige mais atenção em 2025. Embora o valor continue o mesmo – R$ 1.518 por mês –, as regras de manutenção mudaram. Quem ignorar os novos critérios pode perder o direito ao auxílio.

A responsabilidade por manter o benefício ativo recai agora também sobre o beneficiário. Isso significa que, além de atender às exigências iniciais, é necessário acompanhar o status do benefício, cumprir prazos e atualizar documentos quando solicitado.

Leia também: BPC: veja quem pode receber essa renda de forma vitalícia e como fazer

Quem tem direito ao BPC em 2025?

Mesmo com as alterações, os critérios básicos seguem em vigor. Pode receber o BPC:

  • Quem tem 65 anos ou mais e vive em situação de vulnerabilidade econômica
  • Pessoas com deficiência física, intelectual, sensorial ou mental, desde que com laudo médico atualizado
  • Famílias com renda per capita inferior a 25% do salário mínimo, ou seja, R$ 379,50 por pessoa

Importante lembrar que o BPC não exige contribuição ao INSS e não é aposentadoria, embora o valor pago seja equivalente ao salário mínimo.

Quais mudanças podem causar a suspensão do BPC?

Em 2025, o governo federal reforçou os mecanismos de controle para evitar fraudes e ampliar a base de beneficiários. Veja as novas exigências que passaram a valer:

  • Laudo médico atualizado: obrigatório para pessoas com deficiência, contendo CID, carimbo e assinatura de profissional do SUS ou conveniado
  • Revisão do Cadastro Único a cada dois anos: quem deixar de cumprir esse prazo poderá ter o benefício bloqueado automaticamente
  • Revisão do cálculo da renda: rendas como pensões de até um salário mínimo e bolsas de aprendizes não entram mais no cálculo da renda familiar

Essas medidas aumentam o controle, mas também tornam o processo mais burocrático, o que exige atenção redobrada por parte dos beneficiários.

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O que fazer para manter o BPC ativo?

Evitar erros é possível com algumas atitudes simples. Veja o que os especialistas recomendam:

  • Atualize o Cadastro Único antes do prazo: vá até o CRAS mais próximo com documentos atualizados de todos os moradores da casa
  • Tenha todos os laudos médicos organizados: no caso de pessoas com deficiência, o laudo precisa estar dentro do prazo de validade e conter todas as informações exigidas
  • Use o Meu INSS para acompanhar: tanto o site quanto o aplicativo são ferramentas seguras para consultar o status do benefício e verificar pendências

Caso o pagamento do BPC seja suspenso, é importante agir rápido. Verifique o motivo da suspensão, reúna a documentação e, se necessário, agende nova perícia médica ou leve os comprovantes ao CRAS para corrigir o erro no Cadastro Único.

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MEC decreta fim do ensino à distância para 5 carreiras bem procuradas – Jornal Contábil

Nesta segunda-feira (19), o Ministério da Educação (MEC) anunciou novas diretrizes para a oferta de cursos de ensino superior na modalidade de Educação a Distância (EAD) em todo o Brasil. 

As regras, que serão formalizadas por meio de um decreto a ser publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), estabelecem os formatos de ensino remoto permitidos, impõem restrições e vedam a oferta exclusiva online para algumas graduações.

Conforme o decreto, cinco cursos de graduação deverão ser oferecidos exclusivamente na modalidade presencial: Medicina, Direito, Odontologia, Enfermagem e Psicologia. 

Adicionalmente, a nova legislação determina que cursos da área da saúde e as licenciaturas (formação de professores para a educação básica) só poderão ser ofertados presencialmente ou no formato semipresencial.

As instituições de ensino superior terão um prazo de até dois anos para se adaptar às novas regulamentações. Os estudantes que já estão matriculados poderão concluir seus cursos nas condições atuais, sem qualquer prejuízo. As novas normas se aplicarão somente a novas matrículas.

De acordo com o MEC, a decisão de implementar estas mudanças foi impulsionada pelo rápido crescimento da oferta de cursos de graduação EAD nos últimos anos. Entre 2018 e 2023, o país registrou um aumento de 232% na oferta de graduações a distância. 

Em 2023, o número de novos alunos ingressantes em cursos remotos foi o dobro do número de ingressantes em cursos presenciais.

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Modalidades de ensino

O decreto do MEC também formaliza três modalidades de ensino superior no Brasil, incluindo a semipresencial, que até então não possuía regulamentação específica. 

Uma mudança importante é que mesmo os cursos totalmente online (EAD) agora deverão incluir até 20% de atividades presenciais e/ou síncronas.

As três modalidades de ensino superior definidas pelo decreto são:

  • Presencial: Caracterizada pela predominância de aulas físicas. A carga horária a distância, antes com limite de 40%, é agora restringida a um máximo de 30%.
  • Semipresencial: Obrigatoriamente engloba atividades presenciais (como estágios e práticas), atividades síncronas com mediação tecnológica e conteúdo EAD.
  • A distância (EAD): Modalidade majoritariamente remota que passa a exigir um mínimo de 20% de atividades presenciais e/ou síncronas. As avaliações (provas) deverão ser realizadas presencialmente.

Leia também: O que será dos filhos do Ensino a Distância (EaD) ?

O decreto esclarece que atividades presenciais exigem a presença simultânea de aluno e professor no mesmo tempo e espaço físico. 

Já as atividades síncronas são aquelas realizadas com interação em tempo real, mesmo que remotamente, devendo ocorrer em grupos menores, com suporte pedagógico e controle de frequência.

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Nova Lei da EAD Assinada! O Que Muda AGORA para Cursos e Faculdades no Brasil? – Jornal Contábil

Atenção, estudantes e instituições de ensino! Depois de quase um ano de anúncios e uma espera que se estendia desde dezembro, a nova regulamentação da Educação a Distância (EAD) no Brasil finalmente saiu do papel. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou o decreto nesta segunda-feira, 19 de maio de 2025, estabelecendo a Nova Política de Educação a Distância. Embora a normativa ainda aguarde publicação no Diário Oficial da União para entrar em todos os seus detalhes, as linhas gerais já indicam uma transformação significativa no cenário educacional brasileiro.

Esta mudança vem para colocar ordem em um setor que explodiu em crescimento nos últimos anos, mas que não via atualizações robustas em suas diretrizes desde 2017. Segundo dados recentes, como o Mapa do Ensino Superior no Brasil 2025 do Instituto Semesp, estados como o Rio Grande do Sul figuram entre os campeões de matrículas EAD, mostrando a força dessa modalidade. Agora, novas regras chegam para garantir qualidade e especificidade.

[💡 Ponto Crítico: Esta nova política não afeta apenas o EAD. Ela redefine as fronteiras entre presencial, semipresencial e a distância, impactando a oferta de quase todos os cursos de graduação!]

Principais Mudanças da Nova Política de EAD: O Que Você Precisa Saber

O documento recém-assinado é abrangente e traz novidades importantes. Algumas áreas e cursos, devido à necessidade de práticas intensivas e contato direto, terão a oferta EAD vetada. Além disso, um novo formato de ensino surge no horizonte.

Cursos com EAD Vetado: Priorizando a Prática e o Contato Humano

Uma das medidas de maior impacto é a manutenção do veto da modalidade 100% a distância para graduações onde a formação prática e presencial é considerada insubstituível. Se você pensava em cursar alguma destas áreas totalmente online, atenção:

  • Medicina
  • Direito
  • Odontologia
  • Enfermagem
  • Psicologia

Esses cursos deverão ser ofertados exclusivamente no formato presencial.

Licenciaturas e Outros Cursos da Saúde: Novos Limites para o EAD

Para as demais graduações em licenciaturas (formação de professores) e outros cursos da área da saúde não listados acima, a oferta 100% EAD também não será mais uma opção. Eles só poderão funcionar em dois formatos:

  1. Presencial: Com, no mínimo, 70% da carga horária exigindo a presença física do aluno.
  2. Semipresencial (Novo Formato!): Exigindo, no mínimo, 30% da carga horária em atividades presenciais e outros 20% em atividades também presenciais ou síncronas (aulas ao vivo, mesmo que remotas) e mediadas por um professor ou mediador.

O Novo Formato Semipresencial e Ajustes no EAD Permitido

A normativa não só cria o formato semipresencial, mas também ajusta as exigências para os cursos que ainda poderão ser ofertados na modalidade EAD. Mesmo para estes, um componente presencial ou síncrono se torna obrigatório:

  • Ao menos 10% da carga horária deverão envolver atividades presenciais.
  • Outros 10% da carga horária deverão ser em aulas presenciais ou síncronas mediadas.

[🤔 Para Refletir: Com a valorização das atividades síncronas e presenciais mesmo no EAD, como as instituições podem garantir interações de qualidade e engajamento real dos alunos?]

Infraestrutura Mínima e Fim dos Polos Compartilhados

Acabou a flexibilidade excessiva para os polos EAD. A nova política estabelece que as instituições que oferecerem cursos a distância precisarão contar com infraestrutura física e tecnológica mínima. Isso inclui:

  • Sala de coordenação específica.
  • Ambientes adequados para estudo individual e em grupo.
  • Laboratórios (quando aplicável ao curso).
  • Acesso à internet de qualidade para os alunos.

Uma mudança importante: não será mais permitido o compartilhamento de polos EAD entre diferentes instituições de ensino. Cada uma terá que ter sua própria estrutura.

Prazo para Adaptação: Uma Corrida Contra o Tempo

As instituições de ensino não precisarão virar a chave da noite para o dia. Foi concedido um prazo de dois anos para adaptação completa às novas regras, contados a partir da publicação do decreto.

Perguntas e Respostas Essenciais Sobre a Nova Regulamentação da EAD

Para facilitar o entendimento, compilamos as principais dúvidas que surgem com esta nova política.

O que muda de forma geral com a Nova Política de Educação a Distância?

Basicamente, as regras para a educação a distância foram redefinidas, mas a normativa também impacta a oferta de cursos tradicionalmente presenciais, ao introduzir percentuais mínimos de presencialidade ou atividades síncronas. Além disso, um novo formato de oferta, o semipresencial, foi oficialmente criado. A política também sacramenta a vedação da oferta 100% EAD para cursos onde atividades práticas, laboratórios e estágios são centrais e incompatíveis com a modalidade totalmente a distância. O Ministério da Educação (MEC) também poderá, futuramente, definir outras áreas e cursos que não poderão ser ofertados remotamente.

As mudanças são imediatas para todos os cursos e alunos?

Não exatamente. A implementação será gradual. Conforme mencionado, há um prazo de adequação de até dois anos para as instituições, a partir da publicação oficial do decreto. Uma garantia importante: os estudantes já matriculados em cursos a distância que não poderão mais ser ofertados nesse formato terão seu direito à conclusão do curso assegurado nas condições em que ingressaram. As instituições deverão manter a oferta nesses moldes até que essas turmas se formem. Para novas matrículas, contudo, as novas regras valerão a partir da publicação do decreto.

Quais são os formatos de oferta definidos para os cursos de graduação?

A organização dos cursos de graduação agora se dará nos seguintes formatos:

  • Cursos Presenciais:
    • Aulas com presença física de estudantes e professor.
    • Atividades em laboratórios físicos.
    • Frequência a estágios presenciais.
    • Mínimo de 70% da carga horária do curso em atividades presenciais na sede da instituição ou em seus campi autorizados.
  • Cursos Semipresenciais:
    • Mínimo de 30% da carga horária em atividades presenciais.
    • Mínimo de outros 20% em atividades presenciais ou síncronas mediadas.
    • Atividades presenciais podem ocorrer na sede, campi ou polos EAD da instituição.
  • Cursos em Educação a Distância (EAD):
    • Oferta majoritária de carga horária com aulas gravadas e atividades em plataformas digitais.
    • Mínimo de 10% da carga horária em atividades presenciais.
    • Mínimo de outros 10% em atividades presenciais ou síncronas mediadas.
    • Atividades presenciais podem ocorrer na sede, campi ou polos EAD.

Como ficam as atividades letivas nesses formatos?

A nova política detalha os tipos de atividades:

  • Atividade Presencial: Requer a presença física simultânea do estudante e do professor (ou responsável pela atividade) no mesmo espaço.
  • Atividade Síncrona: Estudante e docente (ou responsável) estão em lugares diferentes, mas conectados e interagindo em tempo real (ex: aulas online ao vivo).
  • Atividades Síncronas Mediadas: São aulas online com interação direta entre professores e estudantes. Estas deverão ter, no máximo, 70 estudantes por docente ou mediador pedagógico, com controle de frequência.

Quais cursos estão definitivamente proibidos de serem 100% EAD?

Conforme o decreto, as graduações em Medicina, Direito, Odontologia, Enfermagem e Psicologia deverão ser ofertadas exclusivamente no formato presencial. Outros cursos da área da saúde e todas as licenciaturas só poderão ser nos formatos presencial ou semipresencial.

Qual o papel dos mediadores pedagógicos nessa nova estrutura?

A Nova Política de EAD formaliza a figura do mediador pedagógico, distinguindo-o do tutor. Isso significa que o corpo docente poderá ser auxiliado por esses mediadores, que devem ter formação acadêmica compatível com o curso. O papel deles é esclarecer dúvidas dos alunos e apoiar ativamente o processo de formação. A quantidade de docentes e mediadores deverá ser proporcional ao número de alunos. Já o tutor terá atribuições mais administrativas.

E a avaliação dos alunos, o que muda?

A avaliação nos cursos de graduação, independentemente da modalidade, deve prezar pela densidade de conteúdos e pela robustez crítica. Um ponto fundamental é que cada unidade curricular ofertada a distância deverá ter, pelo menos, uma avaliação presencial. Essa avaliação deve incentivar o desenvolvimento de habilidades discursivas, de análise, síntese ou ter natureza prática. Atenção: o peso da avaliação presencial deverá ser majoritário na composição da nota final do estudante, inclusive nos cursos que ainda podem ser EAD.

[➡️ Fique Ligado! Instituições e estudantes precisam se debruçar sobre os detalhes do decreto assim que publicado no Diário Oficial. A adaptação exigirá planejamento e investimento!]


Quiz Rápido: Nova Lei da EAD na Ponta da Língua!

  1. Qual dos seguintes cursos poderá continuar sendo ofertado na modalidade 100% EAD, conforme as novas regras (desconsiderando os percentuais mínimos de atividades presenciais/síncronas)? a) Direito b) Enfermagem c) Pedagogia (Licenciatura) d) Nenhum dos anteriores pode ser 100% EAD (conforme a interpretação mais estrita do veto a licenciaturas serem EAD puro).
  2. No novo formato Semipresencial, qual o percentual mínimo TOTAL de carga horária que deve envolver atividades presenciais ou síncronas mediadas? a) 20% b) 30% c) 50% (30% presencial + 20% presencial/síncrona) d) 70%
  3. Qual o prazo dado às instituições de ensino para se adaptarem às novas regras da EAD? a) 6 meses b) 1 ano c) 2 anos d) Imediatamente, sem prazo de adaptação.

Respostas Corretas: 1-d (Licenciaturas só poderão ser presenciais ou semipresenciais, o que implica não serem 100% EAD no sentido antigo), 2-c, 3-c


Resumo dos Pontos Centrais: A EAD no Brasil Rumo a Novos Horizontes

  • Decreto Assinado: A Nova Política de Educação a Distância foi oficializada, aguardando publicação no Diário Oficial da União.
  • Vetos Importantes: Cursos como Medicina, Direito, Odontologia, Enfermagem e Psicologia estão vedados da modalidade 100% EAD. Licenciaturas e outros cursos da saúde terão restrições significativas.
  • Novo Formato Semipresencial: Surge como uma alternativa que mescla atividades presenciais, síncronas e a distância.
  • Mais Exigências: Mesmo para cursos EAD, haverá percentuais mínimos de atividades presenciais/síncronas, além de requisitos de infraestrutura para os polos e o fim do compartilhamento destes.
  • Avaliação Presencial Valorizada: Terá peso majoritário na nota final, mesmo em cursos EAD.
  • Prazo de Adaptação: Instituições terão até dois anos para se adequarem às mudanças.

Esta nova regulamentação busca qualificar a oferta da educação a distância no Brasil, equilibrando a flexibilidade da modalidade com a necessidade de interação, prática e infraestrutura adequada. O período de adaptação será crucial para que instituições e estudantes compreendam e implementem as novas diretrizes.

[💬 Sua Opinião/Experiência Conta: Como você acredita que essas mudanças na regulamentação da EAD impactarão a qualidade do ensino superior no Brasil (simulado)?]


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“Vacas Fantasmas” no Uruguai: O Golpe Milionário que Abateu Sonhos, Empresas e Abalou a Pecuária Sul-Americana – Jornal Contábil

Será que um de vocês pode ser meu?”, gritava Palleiro, com um misto de esperança e angústia, em um cercado enlameado na fronteiriça região de Artigas, no Uruguai. Com a calça jeans coberta de barro, ela se aproximava da cerca de arame, tentando desesperadamente identificar entre o rebanho os animais que, no papel, lhe pertenciam. Palleiro, assim como centenas de outros investidores, está no centro de um dos maiores escândalos financeiros da história recente do pacato país sul-americano: o caso das “vacas fantasmas”. Os animais simplesmente não são encontrados, e a prova de sua existência se esvai a cada dia, engrossando um possível rebanho espectral que pode ultrapassar 700.000 cabeças de gado inexistentes.

O drama ganhou contornos ainda mais sombrios com a notícia do suicídio do coproprietário de uma das empresas uruguaias que captava dinheiro de poupadores para supostamente investir nesses animais. Agora, três empresas foram à falência e estão sob investigação rigorosa por fraude. As perdas, até o momento, já somam a cifra estarrecedora de US$ 350 milhões (cerca de R$ 2 bilhões), abalando profundamente a estável nação agrícola, que possui apenas 3,4 milhões de habitantes, mas orgulhosos 12 milhões de cabeças de gado – ou, pelo menos, assim se pensava. O escândalo também acendeu um alerta nos vizinhos gigantes da pecuária, Argentina e Brasil, que por anos viram o sistema de rastreamento de gado do Uruguai como um modelo a ser seguido e onde esquemas semelhantes de investimento em gado também operam.

[💡 Ponto Crítico: Este caso expõe a fragilidade por trás de promessas de investimento com retornos fixos e aparentemente seguros, mesmo quando ancorados em ativos tangíveis e sistemas de controle estatal que pareciam infalíveis.]

O Sonho do Investimento Rural que Virou Pesadelo Agonizante

Para muitos, como Palleiro, a ideia de investir em gado parecia uma aposta sólida e lucrativa, um refúgio em tempos de incerteza econômica.

Promessas Irresistíveis e Fotos Bucólicas: A Isca Perfeita

Em março de 2024, Palleiro, uma profissional urbana, decidiu aplicar suas economias de mais de US$ 50.000 (aproximadamente R$ 280 mil) no esquema de investimento em gado oferecido por uma empresa local chamada Conexión Ganadera. O que a atraiu? Promessas de retornos fixos tentadores, variando de 7 a 10% ao ano, em dólares, tudo isso embalado por imagens bucólicas de gado da raça Hereford, com sua característica pelagem marrom e branca, pastando em campos verdejantes.

O modelo oferecido aos poupadores tinha duas vertentes principais:

  1. Ser proprietário direto de um número específico de vacas, que seriam criadas, engordadas e vendidas com lucro por empresas de pecuária parceiras do esquema.
  2. Assumir uma participação de investimento no esquema geral, como se fosse uma cota de um fundo de investimento em gado.

Palleiro gostou da ideia de possuir um ativo tangível, algo que ela pudesse, teoricamente, ver e tocar. Parecia, de fato, uma aposta segura, longe da volatilidade abstrata de outros mercados.

A (Falsa) Segurança de um Sistema Modelo

Para reforçar a sensação de segurança, os investidores eram informados de que poderiam rastrear suas vacas através de um portal online. Este portal era apoiado pelo Estado uruguaio e, por anos, foi celebrado internacionalmente como um exemplo global de eficiência no rastreamento de gado. Através dele, seria possível identificar a raça, a idade e a localização exata de cada animal.

Para completar o verniz de legitimidade, cada vaca deveria ser marcada com um brinco de identificação contendo um código único atribuído pelo governo. E, para coroar a confiança, os documentos que listavam os bens dos investidores traziam o brasão oficial do Ministério da Agricultura do Uruguai, órgão responsável pela supervisão do registro nacional de gado. Tudo parecia perfeitamente legal e seguro.

[🤔 Para Refletir: Até que ponto selos governamentais e a reputação de sistemas de controle podem ser usados para mascarar esquemas fraudulentos? A due diligence individual continua sendo insubstituível.]

Como Funcionava (ou Deveria Funcionar) o Esquema e Onde Tudo Desandou

O esquema da Conexión Ganadera e outras empresas envolvidas baseava-se em captar recursos de investidores para a compra e engorda de gado, prometendo dividir os lucros da venda futura. A rastreabilidade individual dos animais, garantida pelo Sistema Nacional de Informação Pecuária (SNIG) do Uruguai, era o pilar da confiança.

O Sistema de Rastreamento em Xeque

O SNIG, implementado no Uruguai há mais de uma década, exige que cada animal receba um dispositivo de identificação eletrônica (brinco com chip) desde o nascimento ou importação, permitindo o acompanhamento de toda a sua vida, desde a origem até o abate ou exportação. Esse sistema foi crucial para o Uruguai conquistar mercados internacionais exigentes para sua carne.

No entanto, o escândalo das “vacas fantasmas” levanta sérias questões:

  • Houve falhas no sistema de rastreamento que permitiram a inclusão de animais inexistentes?
  • Documentos foram falsificados em larga escala para simular a posse do gado?
  • Empresas de pecuária parceiras eram, na verdade, de fachada ou coniventes com a fraude?
  • O dinheiro dos investidores foi realmente aplicado na compra de gado ou desviado para outros fins?

As investigações em andamento buscam responder a essas perguntas angustiantes. O fato é que centenas de investidores, ao tentarem localizar seus animais através do portal ou fisicamente nas fazendas, encontraram apenas informações vagas, números que não batem ou, no pior dos casos, o completo vazio.

[➡️ Fique Ligado! Investimentos que prometem retornos fixos muito acima do mercado, especialmente em dólar, e que parecem “bons demais para ser verdade”, frequentemente escondem riscos elevados ou, como neste caso, fraudes.]

O Impacto Devastador no Uruguai e o Alerta para a América do Sul

As consequências deste golpe vão muito além das perdas financeiras individuais, por mais dolorosas que sejam.

Um Abalo na Estabilidade e Confiança Uruguaia

Para o Uruguai, um país que se orgulha de sua estabilidade institucional e da força de seu agronegócio, o escândalo é um golpe duro.

  • Credibilidade Arranhada: A imagem do país como um local seguro para investimentos e com sistemas de controle eficientes sofreu um abalo considerável. O sistema de rastreamento de gado, antes um modelo, agora está sob escrutínio.
  • Impacto Econômico: Embora US$ 350 milhões possam não parecer uma cifra astronômica para economias gigantes, para o Uruguai, representa um valor significativo, capaz de gerar instabilidade em um setor chave.
  • Crise de Confiança Interna: A população uruguaia, especialmente os pequenos e médios poupadores que viram suas economias de uma vida desaparecerem, enfrenta uma crise de confiança nas instituições e no mercado de investimentos.

Ondas de Choque nos Países Vizinhos

O caso reverbera com força na Argentina e no Brasil. Ambos os países, potências na pecuária, olhavam para o sistema de rastreamento uruguaio como uma referência. Além disso, modelos de investimento em gado, alguns com estruturas semelhantes às da Conexión Ganadera, também operam nesses mercados. O alerta está dado: é preciso redobrar a vigilância e a fiscalização para evitar que “rebanhos fantasmas” surjam também por aqui.

A morte do coproprietário de uma das empresas investigadas adiciona um elemento trágico e complexo ao caso, deixando muitas perguntas sem respostas e dificultando ainda mais a busca dos investidores por justiça e pela recuperação, ainda que parcial, de seus recursos. O caminho pela frente é de investigações minuciosas, possíveis processos judiciais longos e, para muitos, a difícil tarefa de reconstruir o patrimônio perdido.

[💬 Sua Opinião/Experiência Conta: Você já considerou investir em gado ou em outros ativos do agronegócio? Quais cuidados você tomaria após conhecer um caso como este (simulado)?]


Quiz Rápido: Teste Seu Conhecimento Sobre o Escândalo das “Vacas Fantasmas”!

  1. Em qual país ocorreu o escândalo de investimento em “vacas fantasmas” descrito na reportagem? a) Argentina b) Brasil c) Uruguai d) Paraguai
  2. Qual era a promessa de retorno anual, em dólares, oferecida pela empresa Conexión Ganadera aos investidores? a) 1 a 3% b) 4 a 6% c) 7 a 10% d) Mais de 15%
  3. Qual o valor estimado das perdas totais causadas pelo esquema das “vacas fantasmas” até o momento? a) US$ 50 milhões b) US$ 150 milhões c) US$ 350 milhões d) US$ 1 bilhão

Respostas Corretas: 1-c, 2-c, 3-c


Resumo dos Pontos Centrais: O Conto Amargo das Vacas que Sumiram

  • Escândalo Milionário: Um esquema de investimento em gado no Uruguai resultou em perdas estimadas de US$ 350 milhões, afetando centenas de investidores e levando empresas à falência.
  • “Vacas Fantasmas”: Investidores descobriram que o gado no qual aplicaram suas economias simplesmente não existe ou não pode ser encontrado, apesar das promessas e de um sistema de rastreamento estatal.
  • Confiança Quebrada: O caso envolveu o uso indevido da reputação do sistema de rastreamento de gado uruguaio e de documentos que aparentavam legitimidade oficial.
  • Impacto Regional: O golpe abalou a confiança no Uruguai e serve de alerta para países vizinhos com mercados de investimento em pecuária, como Brasil e Argentina.
  • Investigação em Curso: As autoridades investigam o caso como fraude, enquanto investidores buscam reaver seus prejuízos em um cenário complicado pelo suicídio de um dos envolvidos.

O caso das “vacas fantasmas” é um lembrete doloroso de que, mesmo em setores tradicionais e com aparente solidez, a devida diligência, a desconfiança em promessas de lucro fácil e a busca por informações transparentes são essenciais antes de qualquer investimento.


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5 motivos pelos quais o interior é o melhor lugar para empreender – Jornal Contábil

De acordo com o Monitor Global de Empreendedorismo (GEM), em 2024 o Brasil atingiu a maior taxa de empreendedorismo em quatro anos: 33,4% da população adulta está envolvida em algum tipo de iniciativa empreendedora. Esse avanço revela uma transformação silenciosa que começa a se consolidar distante dos grandes centros urbanos. Longe da movimentação intensa das capitais e metrópoles, o interior do país tem se destacado como um terreno fértil e ainda pouco explorado para o surgimento de negócios inovadores.

“Empreender fora das grandes cidades é benéfico não só para o crescimento do país como um todo, mas também pelo leque de oportunidades. As cidades interioranas muitas vezes são mais carentes em relação a serviços de qualidade com seguranças”, comenta Alécio Cavalcante, CEO e fundador da Ubiz Car, aplicativo de mobilidade urbana conhecido como Uber do interior.

O executivo lista algumas vantagens que um empreendedor pode considerar na hora de investir no interior. Confira:

1- Custos fixos mais baixos

Os custos de aluguel e de outras despesas, como água e luz, tendem a ser mais caros em cidades grandes, devido à maior demanda. Logo, manter um negócio no interior envolve menos gastos ao fim do mês. A faixa de salários pagos aos funcionários também segue a regra e fica abaixo do que é pago nas capitais, levando em consideração o custo de vida.

2 – Carência de serviços de qualidade com segurança

Dependendo do perfil de negócio, é possível que não haja sequer um concorrente na cidade. Enquanto cidades maiores oferecem uma ampla concorrência, cidades interioranas dão aos empreendedores a chance de se destacarem e se tornarem referência na região, oferecendo serviços mais assertivos e com maior qualidade.

3- Proximidade maior com os clientes

Outra vantagem que pode passar despercebida é a proximidade maior que o empreendedor tem com os seus clientes, já que em cidades menores é mais comum conhecer os vizinhos e criar laços. Aos poucos, cria-se confiança e a fidelização dos consumidores ocorre de forma natural.

4- Menos rotatividade

Assim como é mais fácil estreitar laços com a vizinhança, também é mais fácil reter colaboradores, inclusive porque há menor concorrência nas contratações. Logo, se o empreendedor e seus funcionários mantêm um bom relacionamento, dificilmente eles irão querer sair da empresa.

5- Qualidade de vida

Por último, mas não menos importante, uma das vantagens imensuráveis em longo prazo é a qualidade de vida alcançada por quem aposta em cidades do interior. Com pouco ou nenhum trânsito, menos poluição e índices menores de criminalidade, a vida no interior consegue proporcionar uma calma e segurança que as metrópoles estão longe de ter.

Sobre a Ubiz Car

A Ubiz Car é uma empresa de mobilidade urbana, presente em diversas cidades do interior do Brasil, que foca em atender às necessidades específicas de cada município em que opera. Com tecnologia de ponta para garantir um serviço confiável e acessível a motoristas e passageiros, a Ubiz Car já alcançou a marca de três milhões de usuários e 100 mil motoristas cadastrados. Opera no modelo de franquias, oferecendo ainda um modelo de negócios escalável para os investidores licenciados.

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Conheça as 10 fraudes mais comuns que ocorrem nas empresas – Jornal Contábil

Falar sobre fraudes dentro das empresas é sempre um tema muito complexo, por mais que todos saibam que elas ocorram com frequência, na maioria das vezes essas não são documentadas, nem mesmo punidas dentro das empresas.

Primeiramente é preciso entender o que são fraudes. Segundo o advogado trabalhista, sócio da Boaventura Ribeiro Advogados, Mourival Boaventura Ribeiro: “Fraude pode ser definida como a prática de qualquer ato ardiloso, enganoso, de má-fé, com o intuito de lesar ou ludibriar outrem, ou de não cumprir determinado dever”.

José Augusto Barbosa, sócio da Audcorp, empresa especializada em auditoria, explica que: “A fraude, em via de regra, é praticada por funcionários ou terceiros envolvidos, consistindo entre outros, em desvios financeiros relatórios com omissões de receitas e aumento de despesas, desvios de itens de estoque, falsificação de registros de compras”.

Como ter certeza da fraudados?

Segundo José Augusto Barbosa a empresa pode descobrir que estão ocorrendo fraudes, a partir do surgimento de alguns indícios, alguns deles são:

  • Diferenças apontadas entre os registros financeiros e contábeis, tais como: contas a receber, contas a pagar, custos de produção, etc;
  • Cruzamento de informações apuradas pela contabilidade da empresa com seus fornecedores, clientes e terceiros;
  • Diferenças de inventários físicos com os registrados em sistema informatizado;
  • Falta de documentação apropriada nas transações financeiras e operacionais da empresa

As fraudes, depois de detectadas podem desencadear ações em duas frentes distintas, a primeira, trabalhista e a segunda no âmbito criminal, objetivando a apuração da prática de crime. Segundo André Damiani, sócio da Damiani Advogados Associados, a ação da empresa deve ser imediata ao perceber a fraude.

Quais são os principais tipos de fraudes empresariais?

Segundo José Augusto, “as principais fraudes ocorrem geralmente nas áreas em que circulam as movimentações financeiras da empresa, em especial no caixa, estoques e contas a receber de clientes.”

As 10 principais fraudes cometidas em uma empresa são:

  1. Furto – são muito comuns nas empresas, pode ocorrer com pequenas coisas como alguém levando embora materiais de escritório, contudo pode atingir grandes proporções;
  2. Apropriação indébita – o colaborador de posse de algo da empresa passa a contar isso como sendo dele, como o caso de computadores e outros maquinários. A diferença com o furto é que naquele caso a coisa alheia móvel é subtraída não estando na posse do agente da ação, diferente da apropriação indébita em que o agente ativo já possui a posse ou detenção da coisa.
  3. Desvio financeiro – muito comum nas áreas financeiras e comerciais das empresas, pode ocorrer com as pessoas direcionando recebíveis para suas contas pessoais por exemplo. Ação pode ser facilitada por falta de sistemas.
  4. Desperdício voluntário – em muitos casos colaboradores não motivados ou sem comprometimento permitem que a empresa perca valores ou peças por gosto, como em casos de mau uso ou até mesmo desmazelo.
  5. Corrupção – esta pode ser configurada de diferentes formas, como suborno, em que é dado dinheiro a uma pessoa para que ela aceite agir de forma desonesta; propina, em que é pago um montante ao indivíduo para que ele libere alguma atividade sobre a qual tem determinado poder e, superfaturamento, que consiste em cobrar um valor maior do que o que foi gasto realmente em uma nota. Um exemplo é a pessoa pedir vantagem para fechar um negócio.
  6. Fraudes em gastos pessoais – quando algum colaborador usa determinado instrumento da empresa em benefício próprio. Por exemplo usar o carro da companhia para realização de um compromisso não relacionado com o trabalho; usar o cartão corporativo para gastos pessoais e; abastecer o veículo para uso próprio com o vale combustível empresarial.
  7. Extravio ou falsificação de recibos e comprovantes – Situação em que um colaborador perde ou até mesmo falsifica os comprovantes de despesas corporativas, a fim de reembolsar um valor maior do que o que foi gasto. Quando não há auxílio da tecnologia para controle desses documentos, a chance de fraudes pode aumentar ainda mais.
  8. Despesas não autorizadas – acontece quando algum colaborador gasta mais do que deveria em viagens corporativas, adquirindo serviços desnecessários. Isso pode ocorrer, principalmente, se a sua empresa não tem uma política de reembolso e uma de gastos com viagens corporativas bem definidas.
  9. Despesas duplicadas – ocasião em que algum colaborador usa a mesma nota para pedir reembolso duas vezes. Essa fraude se dá, sobretudo, em empresas que conferem os recibos de forma manual. Dessa forma, essa pessoa consegue ser ressarcida duplamente, ficando com um valor reembolsado maior.
  10. Despesas escondidas – ocorre quando o colaborador, em serviço externo, pede para que os donos de estabelecimentos em que consumiram insiram um produto diferente na nota fiscal. Isso acontece, por exemplo, para esconder gastos com bebidas e cigarros. Assim, o colaborador consegue o reembolso mentindo sobre o que consumiu.

Prevenção de fraudes nas empresas

O combate de fraudes nas empresas tem como o melhor caminho a prevenção. “A adoção de procedimentos internos claros envolvendo elaboração de relatórios e prestação de contas sempre acompanhadas de notas fiscais e checagem periódica destas”, explica Mourival Ribeiro

Ele complementa que há a necessidade de regulamento empresarial e normas de compliance objetivando que todos na empresa tenham consciência dos procedimentos éticos a serem observados, a empresa também não deve ser condescendente com desvios de conduta e, uma vez identificado estes, deve agir imediatamente.

André Damiani complementa que “infelizmente algumas empresas só se lembram de fazer uma gestão de riscos quando a própria organização está em meio a uma crise”.

Segundo ele algumas ações são fundamentais na empresa como monitoramento de processos, pessoas e tecnologias, criação de um código de ética moldado para cada tipo de negócio/empresa, implementação de canal de denúncias, dentre outras coisas, certamente mitigará os riscos.

Outro caminho para combater as fraudes são realizações constantes de auditorias. “Com o objetivo de impedir a ocorrência de fraudes, as empresas devem evitar que a realização e autorização de pagamento sejam realizadas pela mesma pessoa. Caso isso não ocorra, o auditor contábil quando da realização do seu trabalho, indicará que há indícios de possibilidade de fraude na organização”, finaliza o sócio da Audcorp

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As 10 profissões mais bem pagas no Brasil em 2025 – Jornal Contábil

As oportunidades de carreira no Brasil são vastas e diversificadas, mas algumas áreas se destacam quando o assunto é remuneração. Se você está planejando seu futuro profissional ou quer mudar de carreira, conhecer as profissões mais bem pagas pode ser um excelente ponto de partida.

Certas carreiras proporcionam salários elevados, refletindo a alta demanda e o valor atribuído a esses profissionais. Muita gente sonha em ter uma ótima remuneração, por isso, escolhem trabalhar no setor da saúde, em empresas como diretores-executivos e outros  como engenheiros de petróleo. 

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De acordo com dados da consultoria LCA 4intelligence, usando microdados da PNAD Contínua Trimestral, principal pesquisa de mercado de trabalho do Brasil, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as 10 profissões mais bem pagas no Brasil, são:

  1. Oficiais maquinistas em navegação – R$ 24.686
  2. Diretores gerais e gerentes gerais – R$ 20.678
  3. Médicos especialistas – R$ 20.140
  4. Dirigentes de explorações de mineração – R$ 19.417
  5. Juízes – R$ 19.029
  6. Dirigentes de pesquisa e desenvolvimento – R$ 16.608
  7. Dirigentes de políticas e planejamento – R$ 15.347
  8. Trabalhadores do serviço direto aos passageiros –  R$ 15.145
  9. Filósofos, historiadores e especialistas em ciência política – R$ 15.000
  10. Escriturários gerais – R$ 14.838

O resultado é o rendimento médio real efetivo da ocupação, isto é, o valor bruto mensal recebido pelo trabalhador, já com o valor descontado da inflação.

Como vimos, as profissões mais bem pagas no Brasil refletem as demandas e complexidades de um mercado em constante evolução. Áreas como tecnologia, finanças, medicina e engenharia continuam a oferecer as remunerações mais atrativas, impulsionadas pela necessidade de especialistas e pela relevância estratégica desses setores para o desenvolvimento do país.

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Autor: Ana Luzia Rodrigues


Formada em jornalismo há mais de 30 anos, já passou por diversas redações dos jornais do interior onde ocupou cargos como repórter e editora-chefe. Também já foi assessora de imprensa da Câmara Municipal de Teresópolis. Atuante no Jornal Contábil desde 2021.


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