No ano passado, o governo federal lançou o “Acredita no Primeiro Passo”, uma iniciativa que visa impulsionar o microcrédito para beneficiários de programas sociais como o Bolsa Família. Através deste programa, indivíduos inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) agora têm acesso facilitado a empréstimos que variam de R$ 600 a R$ 21 mil.
De acordo com o Gov.br, o programa é destinado a pessoas entre 16 e 65 anos de idade, desde que suas informações no CadÚnico estejam atualizadas. Há uma prioridade de atendimento para pessoas com deficiência, mulheres, jovens, negros e membros de populações tradicionais e ribeirinhas.
Como funciona o microcrédito do programa?
O “Acredita no Primeiro Passo” oferece valores de crédito que podem chegar a R$ 21 mil, com condições facilitadas e prazos de pagamento estendidos.
A taxa de juros aplicada é significativamente inferior à praticada no mercado para o microcrédito convencional, sendo subsidiada em parte pelo Fundo Garantidor da União.
As principais características incluem:
- Parcelamento em até 30 meses;
- Carência de até 6 meses para o início do pagamento;
- Possibilidade de renovação do crédito em caso de bom desempenho e adimplência.
Para solicitar o microcrédito, os interessados devem procurar uma das instituições financeiras parceiras do programa “Acredita”, como o Banco do Brasil ou a Caixa Econômica Federal.
Essas instituições serão responsáveis por avaliar a concessão do crédito. Além do processo simplificado, uma grande vantagem do programa são as taxas de juros reduzidas e prazos de até 24 meses.
É importante ressaltar que facilitar o acesso ao microcrédito é apenas uma das frentes do programa “Acredita no Primeiro Passo”. Um de seus eixos centrais é o estímulo ao empreendedorismo, que abrange estratégias de fomento, assistência técnica e gerencial, além de educação empreendedora e financeira.
Leia também:
Diferenças em Relação ao Antigo Consignado do Bolsa Família
O programa “Acredita no Primeiro Passo” se diferencia significativamente do antigo empréstimo consignado do Bolsa Família, que foi suspenso por gerar endividamento sem a devida avaliação da capacidade de pagamento das famílias. Ao contrário da modalidade anterior, o novo programa:
- Não retém parte do benefício mensal diretamente na fonte;
- Exige formação e orientação antes da liberação do recurso;
- Foca na geração de renda e não no consumo imediato;
- Oferece acompanhamento técnico e avaliação do negócio.
Com foco no desenvolvimento sustentável e na autonomia financeira, o “Acredita no Primeiro Passo” representa um avanço importante no suporte aos beneficiários de programas sociais no Brasil.
Participe do Portal Nacional da Reforma Tributária: Acesse em